No Domingo fomos para Tourém.
Tourém fica perto de Montalegre. Fica na transição do Minho para Trá-Os-montes. O relevo é um planalto. Tem uma albufeira onde as aves migratórias que vêm da Finlândia e Noruega pousam para descansar. Este lugar também é usado por muitas aves para nidificar.
Em Tourém o nosso destino foi o Trilho do Contrabando. Logo que começámos o percurso a guia fez um avistamento das cegonhas. Levámos binóculos, e todos nos apressámos a localizar o casal mais famoso das redondezas. É um casal de cegonhas de bico vermelho, e estão lá desde 2004. Os ornitólogos no terreno observam as aves, estudam-nas e anilham-nas, para mais fácil as poderem identificar. A observação é feita uma semana em Julho e 15 dias em Setembro. A guia contou-nos que há aves que todos os anos poisam no mesmo sitio. Pelo caminho observámos um Milhafre-real, Lavercas, Toutinegra, Tentilão e o Picanço. A guia explicou que o Picanço quando já não tem fome, apanha na mesma os gafanhotos e outros insectos grandes e espeta-os nos espinhos e outros picos para mais tarde os ir comer. Atravessámos para o lado espanhol. Parámos junto a uma capela, mesmo ao lado da aldeia de Randim, para almoçar. Depois, caminhámos ao lado da albergaria, subimos até à capela de S. Lourenço, e descemos pelo carvalhal. A guia só pelo cantar dos pássaros sabia identificar que ave era. No carvalhal avistámos um Papa-Figos. É muito bonito, todo amarelo e asas pretas.
Por fim, quando já tínhamos a carrinha à nossa espera, junto à ponte, chegou um pastor com vacas, ovelhas e uma mula. A mula era muito meiguinha. Eu fiz-lhe muitas festinhas. Já era o final de tarde, e antes de partirmos, lá avistámos novamente a cegonha, na margem da albufeira.
Percorremos 12 km mas foi compensador.
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